A vida de Zé Moleza
É uma grande ambigüidade,
Pois se foge da tristeza,
Não se vê felicidade.
E o salário do Moleza?
Não é grana de verdade.
Só lhe vale a sobremesa,
Não responsabilidade.
Todo dia acorda cedo,
Coisa de trabalhador.
Mas trabalho lhe dá medo,
Então paga de ator.
Chega logo no trabalho
Dando abraços no povão.
Mas seu plano lhe é falho,
Se perguntam sua função.
Minha função? – diz o Zé
Minha função é complicada.
Acontece é que o mané
Na verdade não faz nada.
Fazer nada não é fácil,
Requer muita atenção.
Nisso o Zé é muito ágil,
Parte logo pra ação.
Se chega cliente bravo,
Querendo uma explicação,
Para o Zé não há entravo
Em recitar o seu bordão.
Eu batalho o dia inteiro
Pra manter essa espelunca
Porque eu sou um brasileiro
Porque não desisto nunca.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
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