Sabe quem eu sou? Sou aquele que sobe aos teus altos e desce em teus autos, sabe não? Aquele que te apara as pontas, que te acerta as contas e lhe consegue perdão. Eu mesmo. Ando por aí a esmo esperando seu chamado - nem que seja uma centelha - feito assim meio de esguelha, cochichado de lado.
Sou eu que te serro as grades, que te ponho em liberdade quando ninguém mais te confia. Te busco no lodo em que te amua, te jogo na boca da rua, mas comigo ninguém te trancafia. Eu sou salvação, falo mesmo, é assim que me chamo. Pois onde outros usam armas, a mim basta a palavra para que me declares amo.
Amo sim, amo o que sou. E cobro seus bens e sua vida, apenas isso, em troca do que faço. E se erras com outrem não julgo, se fogem de ti eu os caço. Sou o que você procura, na rua da amargura, aquele que salva você. Sou isso e tudo mais, desde as palavras banais: mãe, passei na OAB.
Carol Rosa
terça-feira, 14 de julho de 2009
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