quinta-feira, 29 de março de 2007

Quanto é?

- Quanto é?
- São mil reais.
- E o que você faz?
- Passo o óleo e espero que você insira toda a sua mercadoria dentro do meu buraquinho imundo.
- Huuum...então quer dizer que você tem bastante óleo.
- Muito. Mas você pode usar o quanto quiser.
- E essa mata toda aqui?
- Se você gosta peladinha, eu corto pra você. Ou prefere cortar você mesmo?
- Isso a gente combina depois. E se eu preferir algo...grupal?
- É isso que você quer, danadinho? Chama seus amigos aqui, eu deixo eles abusarem de mim. Eu ofereço tudo o que tenho pra eles, vai custar baratinho.
- Mas e aquele indiozinho abusado?
- Psiiiiiiu. Não coloca ele no meio disso.
- Mas fiquei sabendo que você andou dando algumas “coisinhas” pra ele de graça. Por que pra ele sim e pra mim não?
- Mas eu já estou te cobrando tão barato. Além disso, não foi eu que dei, foi ele que tomou à força, aquele desgraçado.
- E por que você não o denunciou?
- Por que eu amo aquele infeliz. Não sei por que, eu preciso dele.
- Você precisa é de mim. Sou eu que te maltrato do jeito que você gosta. Além disso, aquele povinho com quem você anda me idolatra.
- É porque você é tão cruel e ordinário que nos deixa loucos.
- Huuum, então está combinado, mas antes eu preciso explorar cada buraquinho molhado e negro daquelas maravilhas árabes. Logo depois passo aqui. Não esqueça o óleo, ok?
- Pode deixar. Foi um prazer conversar com você sr. Bush.
- O prazer foi todo meu, Lula. Até o próximo encontro.

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